West Side Story: O remake de Steven Spielberg do famoso musical da Broadway

Notícias e bastidores do novo filme

Há muito tempo que o diretor Steven Spielberg desejava filmar um musical. Depois do adiamento de um novo filme de Indiana Jones, Spielberg arregaçou as manga e, a partir de 2018, escolheu fazer um remake, não exatamente do filme de 1961 de mesmo nome dirigido por Robert Wise, mas sim do próprio musical da Broadway de 1957, criado por Arthur Laurents, Leonard Bernstein e Stephen Sondheim. O musical na época foi um enorme sucesso e Spielberg justificou a escolha dizendo que “West Side Story foi na verdade a primeira música popular que nossa família permitiu que entrasse em casa. Eu me apaixonei completamente por isso quando era criança”.

E o projeto andou e o filme já está sendo lançado nos Estados Unidos e, brevemente, em várias partes do mundo. As filmagens ocorreram no Harlem e em outras locações de Manhattan e em Flatlands, Brooklyn, em Nova York em julho de 2019. Houve também filmagens em Paterson, Nova Jersey, onde um cenário ao ar livre foi construído. As filmagens também aconteceram em Newark e outras partes do condado de Essex, Nova Jersey. As filmagens terminaram em setembro de 2019.

O elenco principal foi composto por Ansel Elgort e Rachel Zegler nos papéis de Tony e Maria, o par romântico em meio a uma guerra de gangues. A novidade foi o retorno de atriz Rita Moreno, que atuou no primeiro filme de 1961. A trilha sonora original do grande maestro Leonard Bernstein foi adaptada por David Newman. O enredo se manteve o mesmo: O amor do casal protagonista, Tony e Maria, floresce entre o ódio e a briga de duas gangues de rua e seus códigos de honras, tal qual a desavença histórica entre os Capuletto e os Montechio mostrada em Romeu e Julieta de Shakespeare.

West Side Story, 2021. Pela Ordem: Cartaz do novo filme, o diretor Steven Spielberg e os atores principais Ansel Elgort e Rachel Zegler

Sobre o musical original da Broadway e o enredo

O musical West Side Story é um libreto de Arthur Laurents, música de Leonard Bernstein e letras de Stephen Sondheim. É inspirado por Romeu e Julieta de William Shakespeare. A produção original da Broadway de 1957 foi dirigida e coreografada por Jerome Robbins e produzida por Robert E. Griffith e Harold Prince, marcou a estréia de Stephen Sondheim na Broadway. Realizou 732 performances nos Estados Unidos e depois ganhou o mundo. O musical original já refletia sobre a questão étnica nos Estados Unidos e sobre os imigrantes, principalmente os porto-riquenhos.

A história se passa em meados dos anos 1950, no Upper West Side de Nova York, em seguida, um multirracial, blue-collar bairro. O musical explora a rivalidade entre os Jets e os Sharks, duas gangues de rua de adolescentes de diferentes origens étnicas . Os integrantes dos Sharks, de Porto Rico , são provocados pelos Jets, uma gangue de brancos. O jovem protagonista Tony, ex-integrante dos Jets e melhor amigo do líder da gangue Riff, se apaixona por Maria, irmã de Bernardo, o líder dos Tubarões. O tema dark, a música sofisticada, as cenas de dança extensas e o foco nos problemas sociais marcaram uma virada no teatro musical.

Cartaz original do musical no teatro da Broadway em Nova York

Os criadores do musical da Broadway. Pela ordem: Stephen Sondheim, Leonard Bernstein e Arthur Laurents

Sobre o primeiro filme

O diretor americano Robert Wise adaptou para o cinema o musical em 1961 e foi traduzido no Brasil para “Amor, Sublime Amor”. O filme contou com a atriz Natalie Wood no papel principal e com o ator Richard Beymer completando o par romântico. O filme teve sucesso de crítica e de público e foi muito premiado.

Cartaz do filme de 1961, dirigido por Robert Wise

Sobre o remake de Steven Spielberg

Steven Spielberg afirmou que sua ansiedade em realizar um musical o deixou de estômago embrulhado durante as filmagens, ou ainda com um friozinho na barriga. No final, deu tudo certo. Atores jovens, coreografias belíssimas e cores reluzentes. Junte-se a isso, uma história de amor. Tudo para servir melhor os espectadores. Resta agora saber como o filme vai se sair junto à crítica e ao público e com o risco de haver desnecessárias comparações com outras versões do passado.

Imagens das filmagens de West Side Story, 2021, dirigido por Steven Spielberg