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A música no Cinema: Muitas emoções com grandes compositores de trilhas sonoras

A música no Cinema: Muitas emoções com grandes compositores de trilhas sonoras

A importância da música no cinema

A música no cinema, ou mais especificamente a presença do som, vem desde os primeiros filmes mudos oriundos da difusão do cinematógrafo pelos irmãos Lumiére em 1895. No período do cinema mudo, de 1895 a 1929, a ausência das vozes dos atores fez com que a música fosse primordial para acompanhar as histórias, ambientar a intensidade das cenas, mas principalmente para prender a atenção dos espectadores. Durante muito tempo, a música era tocada fora da tela, com um pianista ou algum tipo de orquestração.

Com a evolução dos equipamentos de captura e edição de som foi se aprimorando a junção de cada expressão visual (imagens) com os ruídos (som/música) o que se apresentou desde sempre como vital para o cinema. Cada vez mais, ao longo da história do cinema, a música ou a trilha sonora criou uma simbiose com os filmes que os tornaram muito mais palatáveis e atraentes e tornando o ato de ir ao cinema uma ocasião de grande entretenimento. A música e a história de um filme são inseparáveis.

O compositor de trilha sonora de um filme geralmente entra no processo criativo no final das filmagens mais ou menos na mesma época em que o filme está sendo editado (montado), embora em algumas ocasiões o compositor esteja disponível durante toda a filmagem, especialmente quando os diretores gostam de iniciar suas produções com base no fundo musical e atores que precisam desenvolver suas atuações já cientes do impacto dramático/emocional da música original.

A música cinematográfica gera emoções diferenciadas em estilos múltiplos de filmes

Além de moldar a narrativa de um filme e despertar a atenção do espectador, a música ou a trilha sonora é uma poderosa ferramenta sensitiva e tem um papel de gerar ambientes emocionais em diversos níveis, que podem ser confortáveis ou desconfortáveis, alegres ou tristes. Quando uma trilha sonora consegue fazer um espectador lembrar de qual filme é, ela alcançou a sua plenitude. Vamos, a seguir, citar alguns exemplos de alguns tipos de cenas típicas de um filme e seu impacto com a música.

Uma simples cena de diálogo em um carro, por exemplo, pode causar as mais variadas emoções em quem assiste. Quando é colocada uma música de tensão, a sensação de que algo está prestes a acontecer vem à tona. Se é tocada uma música mais suave e delicada, sugere um envolvimento romântico entre os personagens. Um instrumental épico remete a uma grande aventura. Um ruído perturbador promete um perigo eminente. Uma música melancólica insiste em encher os olhos de lágrimas. Aqueles momentos de silêncio causam um desconforto e tensão, e assim por diante.

As trilhas sonoras abrangem uma enorme variedade de estilos musicais, dependendo da natureza e gênero dos filmes que acompanham. A maioria das partituras são obras orquestrais, geralmente no estilo clássico, mas muitas também são influenciadas pelo jazz, rock, pop, blues, new age e música ambiente. Com o aparecimento da tecnologia digital, as partituras também incluíram elementos eletrônicos e software de composição musical.

Para mais informações sobre a música no cinema leia neste Blog na Categoria “Gêneros do Cinema” (Os musicais de Hollywood) e na Categoria “Trilhas e Músicas”.

Uma seleção de grandes compositores do cinema e suas músicas marcantes

Max Steiner

Maximilian Raoul Steiner foi um compositor de música americano nascido na Áustria, bem como um maestro. Ele era uma criança prodígio que regeu sua primeira opereta aos doze anos. Steiner trabalhou na Inglaterra, depois na Broadway, e em 1929 mudou-se para Hollywood. 

Ele é conhecido como “o pai da música cinematográfica”, pois Steiner desempenhou um papel importante na criação da tradição de escrever música para filmes. Foi indicado 24 vezes ao Oscar de Hollywood, vencendo três. Um dos filmes clássicos que compôs foi “Casablanca”.

Max Steiner e sua trilha sonora do filme “Casablanca” de Michael Curtiz, 1942

Bernard Herrmann

Bernard Herrmann foi um compositor e maestro americano.  Filho de uma família judia de classe média de origem russa, nasceu em Nova York em 1911 e faleceu em 1975. Ele é amplamente considerado como um dos maiores compositores de filmes. Vencedor do Oscar, Herrmann é conhecido principalmente por suas colaborações com o diretor Alfred Hitchcock em filmes como “Psicose”, “Intriga Internacional”, “O Homem que sabia Demais” e “Um Corpo que Cai”. Colaborou também com o diretor Orson Welles no clássico “Cidadão Kane”.

Bernard Herrmann e sua trilha sonora do filme “O Homem Que Sabia Demais” de Alfred Hitchcock, 1956

Nino Rota

Giovanni Rota Rinaldi, mais conhecido como Nino Rota, foi um compositor e maestro italiano que ficou muito conhecido por suas trilhas sonoras para filmes de Federico Fellini e Luchino Visconti . Ele também compôs a música para os dois primeiros filmes da trilogia O Poderoso Chefão de Francis Ford Coppola, ganhando o prêmio Oscar de Melhor Trilha Sonora Original por O Poderoso Chefão II (1974). Além de partituras, ele compôs dez óperas, cinco balés e dezenas de outras obras orquestrais, corais e músicas de câmara.

Nino Rota e sua trilha sonora para o filme “Amarcord” de Federico Fellini, 1973

Dimitri Tiomkin

Dimitri Zinovievievich Tiomkin era um compositor e condutor de cinema nascido na Rússia e naturalizado americano. Com formação clássica, mudou-se para Berlim e depois para Nova York e Hollywood, onde se tornou mais conhecido por suas trilhas para filmes de faroeste, incluindo clássicos como “Rio Bravo” de Howard Hawks, “Rio Vermelho” de John Ford e “Matar ou Morrer” de Fred Zinnemann. Tiomkin também compôs para outros gêneros de filmes, como guerra, dramas históricos e suspense. Tiomkin ganhou quatro vezes o Oscar de Hollywood.

Dimitri Tiomkin e sua canção original do filme “Matar ou Morrer” de Fred Zinnermann, 1954

Ennio Morricone

Ennio Morricone  foi um compositor, orquestrador e maestro italiano que escreveu música em uma ampla gama de estilos. Morricone é amplamente considerado um dos maiores e mais prolíficos compositores de cinema de todos os tempos. Em 2007, ele recebeu o Oscar Honorário” por suas contribuições magníficas e multifacetadas para a arte da música cinematográfica”, e em 2016, recebeu seu único Oscar competitivo por sua trilha para o filme “Os Oito Odiados”, de Quentin Tarantino. Difícil escolher somente uma trilha sonora sua, mas ficamos com a da obra prima do faroeste “Era Uma Vez no Oeste” de Sérgio Leone.

Ennio Morricone e sua trilha sonora do filme “Era Uma Vez no Oeste” de Sérgio Leone, 1969

Miklos Rózsa

Miklós Rózsa foi um compositor húngaro-americano formado na Alemanha e radicado nos Estados Unidos a partir da década de 40. Ficou muito conhecido por suas trilhas sonoras para filmes, mas manteve uma fidelidade inabalável à música clássica de concerto. Rózsa alcançou o sucesso inicial na Europa com orquestrações e tornou-se proeminente na indústria cinematográfica com o filme “O Ladrão de Bagdá” (1940). Durante sua carreira em Hollywood, ele venceu três Oscars por Spellbound (1945), A Double Life (1947) e Ben-Hur (1959).

Miklos Rozsa e sua trilha sonora do filme “El Cid” de Anthony Mann, 1961

John Williams

John Towner Williams é um compositor, maestro e pianista americano. Em uma carreira que já dura sete décadas, ele compôs algumas das trilhas sonoras de filmes mais populares, reconhecíveis e aclamados pelo público da história do cinema. Suas composições são consideradas o ápice da música cinematográfica e recebeu vários prêmios. Williams compôs para muitos filmes famosos, incluindo a saga Star Wars, TubarãoSuperman, ET-O Extra Terrestre, os filmes de Indiana Jones, entre outros

John Williams e sua trilha sonorado filme “Star Wars” de George Lucas, 1977

Jerry Goldsmith

Jerrald King Goldsmith foi um compositor e maestro americano conhecido por seu trabalho em trilhas para cinema e televisão. Goldsmith se inspirou na obra do veterano compositor Miklós Rózsa para seguir carreira na música. Compôs trilhas para filmes da franquia Star Trek e três da franquia Rambo, bem como para os filmes Planeta dos MacacosPattonChinatownAlienGremlins  e outros. Muito badalado em indicações a prêmios, Goldsmith venceu um Oscar de Hollywood pelo filme de terror O Presságio (1976).

Jerry Goldsmith e sua trilha sonora do filme “Alien” de Ridley Scott, 1979

Alfred Newman

Alfred Newman foi um compositor, arranjador e maestro americano de música para cinema. Ele também conduziu a música para muitas adaptações cinematográficas de musicais da Broadway. Além disso, foi um dos primeiros músicos a compor e conduzir música original durante a Era de Ouro dos filmes de Hollywood. Newman e dois de seus colegas compositores, Max Steiner e Dimitri Tiomkin, foram considerados os “três padrinhos da música cinematográfica”. Newman musicou o clássico do cinema catástrofe dos anos 70, “Aeroporto”.

Alfred Newman e sua trilha sonora do filme “Aeroporto” de George Seaton, 1970

Hans Zimmer

Hans Florian Zimmer é um compositor e produtor musical alemão. Suas obras se destacam por integrar sons de música eletrônica com arranjos orquestrais tradicionais. Desde a década de 1980, Zimmer compôs músicas para filmes famosos que incluem O Rei Leão (pelo qual ganhou o Oscar de Melhor Trilha Sonora Original em 1995), Gladiador, Sherlock Holmes, a franquia Piratas do Caribe, DunkirkBlade Runner 2049 e Duna. Ele é o chefe da divisão de música para filmes nos estúdios DreamWorks.

Hans Zimmer e sua trilha sonora do filme “Sherlock Holmes” de Guy Ritchie, 2009

Henry Mancini

Henry Nicola Mancini foi um compositor americano, maestro, arranjador, pianista e flautista. Frequentemente citado como um dos maiores compositores da história do cinema, ele ganhou quatro Oscars, um Globo de Ouro e vinte Grammy Awards, além de um Grammy Lifetime Achievement Award póstumo em 1995. Mancini ficou muito conhecido pelos seus trabalhos que incluem a música para a série de filmes cômicos de muito sucesso A Pantera Cor de Rosa e o clássico Bonequinha de Luxo, além de outros filmes premiados.

Henri Mancini e sua trilha sonora do filme “A Pantera Cor de Rosa” de Black Edwards, 1963

Vangelis

Evángelos Odysséas Papathanassiou, conhecido profissionalmente como Vangelis, é um músico e compositor grego de música eletrônica, progressiva, jazz e orquestral. Ele é mais reconhecido por sua trilha sonora vencedora do Oscar para Carruagens de Fogo (1981) e também a trilha do filme cult Blade Runner (1982). Com mais de 50 anos de carreira na música e tendo composto e executado mais de 50 álbuns. Vangelis é considerado uma das figuras mais importantes da história da música eletrônica e com vasta experiência em pop music.

Vangelis e sua trilha sonora do filme “Blade Runner” de Ridley Scott, 1982

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