Os Melhores Filmes dos Anos de 1930
O contexto histórico
A década de 30 costuma ser associada ao início da Era de Ouro de Hollywood, onde o potencial do cinema americano foi desenvolvido através do formato de grandes estúdios, grandes estrelas e glamour. O cinema falado já era dominante e a produção de filmes cresceu bastante.
Houve uma crise econômica mundial, mas o modelo industrial de Hollywood de produção, distribuição e exibição de filmes já funcionava bem. O tripé de narrativas de melodramas, comédias românticas e musicais asseguraram o sucesso dos filmes.
Na Europa, o cinema sofreu uma forte competição com as produções de Hollywood, mas grandes diretores na Alemanha, França e Inglaterra fizeram filmes que ficaram para a história do cinema.
A seguir, segue uma lista dos melhores filmes dos anos 30, ressaltando que alguns estão na lista de especialistas da história do cinema e outros foram escolhidos pelo Blog cinemaemfoco.com pela sua inegável qualidade artística.
Lista dos melhores filmes dos anos 30
Filme: O Anjo Azul, 1930. Alemanha
Direção: Josef Von Sternberg
Comentário: O filme tem elementos do cinema expressionista alemão, com destaque para os cenários fechados e ambiente escuros. O enredo é de um drama trágico: Um respeitado professor de meia idade, Immanuel Rath (Emil Jannings), se apaixona perdidamente por uma artista de vaudeville, Lola (Marlene Dietrich), que representa o contrário de seus ditames morais. Sua vida com ela vai do paraíso ao inferno, dentro de um mundo de domínio, luxúria e sedução. O filme acompanha seu processo de degradação humana, assunto que foi muito pesado na época.
Cenas de “o Anjo Azul”, 1930
M, O Vampiro de Dusseldorf, 1931. Alemanha
Direção: Fritz Lang
Comentário: “M” é um thriller psicológico dos mais belos do cinema expressionista alemão. Seu diretor, Fritz Lang, aborda um serial killer que anda à espreita pelas ruas atacando crianças. Ao mesmo tempo inocente e aterrorizante, o personagem, vivido incrivelmente pelo ator Peter Lorre, é um assassino angustiante que se apresenta assobiando uma melodia. Com uma tensão incessante, o filme acompanha a sua caçada conduzida tanto pela polícia local quanto pelo submundo do crime, que o julga repugnante.
Cenas de “M, O Vampiro de Dusseldorf”, 1931
Mata Hari, 1931. Estados Unidos
Direção: George Fitzmaurice
Comentário: “Mata Hari” é um filme de drama americano levemente baseado na vida de Mata Hari , uma dançarina exótica e cortesã executada na França por espionagem durante a Primeira Guerra Mundial . O filme da Metro-Goldwyn-Mayer é estrelado por Greta Garbo no papel-título. É considerado o trabalho de maior sucesso comercial e artístico de Greta Garbo e a transformou numa musa do cinema. Garbo protagonizou cenas bastante ousadas para a época, expondo sedução e sexualidade. O filme foi censurado e sofreu cortes.
Cenas de Mata Hari, 1931
A Nós a Liberdade, 1931. França
Direção: René Clair
Comentário: O filme é um conto sobre a utopia da felicidade na sociedade moderna. Ao abordar um presidiário que foge da prisão e passa de vendedor a dono de uma fábrica de linha de montagem, o filme faz uma dura crítica aos efeitos psicológicos e condições de trabalho da rotina industrial com humor e poesia. O filme defende uma liberdade e uma felicidade que não se consegue atingir num mundo dominado pela exploração e por um trabalho alienante. Com medo de ser novamente preso, o foragido personagem principal opta por uma vida de mendigo errante, mas feliz.
Cenas de “A Nós a Liberdade”, 1931
Filme: Scarface, 1932. Estados Unidos
Direção: Howard Hawks
Comentário: Na Chicago da década de 1920, o imigrante italiano Antonio “Tony” Camonte (Paul Muni) age sob as ordens do mafioso italiano John “Johnny” Lovo (Osgood Perkins). “Scarface” é inspirado no famoso gangster Al Capone e é considerado um dos maiores filmes desse gênero da história do cinema. O filme é incrivelmente bem ambientado numa atmosfera de medo e violência. Os censores alegaram que o filme fazia apologia ao crime. Por isso, sofreu cortes, foi engavetado e somente tempos depois alcançou fama e público.
Cenas de “Scarface”, 1932
Aconteceu Naquela Noite, 1934. Estados Unidos
Direção: Frank Capra
Comentário: O filme é um clássico da Era de Ouro de Hollywood. Ganhou os mais importantes prêmios Oscar do ano. É um drama romântico com pitadas inteligentes de comédia maluca. Conta a história de uma socialite mimada Ellie (Claudete Colbert) que tenta escapar do controle de seu pai milionário e cai apaixonada por um repórter desempregado e cheio de malandragem, Peter, (Clark Cable), que deseja fazer um furo de reportagem com ela. É um filme impecável, com uma direção elegante e atuações memoráveis.
Cenas de “Aconteceu Naquela Noite”, 1934
Filme: O Picolino, 1935. Estados Unidos
Direção: Mark Sandrich
Comentário: O filme é uma ótima comédia musical americana em que o ator e dançarino Fred Astaire interpreta um sapateador chamado Jerry Travers, que vai a Londres para estrelar um show. Ele conhece e tenta impressionar Dale Tremont (Ginger Rogers) para ganhar seu afeto. O filme é cheio de música e dança, ótimo de assistir, encantador, deu fama internacional a Fred Astaire e a Ginger Rogers como a maior dupla de musicais da história do cinema.
Cenas de “O Picolino”, 1935
Filme: Tempos Modernos, 1936. Estados Unidos
Direção: Charles Chaplin
Comentário: Tempos Modernos é um filme que critica duramente o capitalismo e a exploração dos trabalhadores no processo industrial. Seu diretor, Charles Chaplin, foi acusado de comunista e perseguido. O filme mistura drama e comédia e acompanha o icônico personagem do Vagabundo Carlitos que, após ficar maníaco e descontrolado numa fábrica de linha de montagem, conhece uma órfã (Paulette Goddard) por quem se apaixona e, juntos, buscam uma vida melhor. O filme carrega dois acontecimentos: Primeiro, é o último filme do personagem Carlitos; segundo, foi a primeira vez que Charles Chaplin usou a fala numa cena.
Cenas de “Tempos Modernos”, 1936
Os 39 Degraus, 1935. Inglaterra
Direção: Alfred Hitchcock
Comentário: O filme é um thriller de suspense e espionagem que segue a trajetória de um cidadão comum em Londres, Hannay (Robert Donnat), que, depois de ser acusado por engano do assassinato de um agente de contraespionagem, foge e tenta impedir que uma organização de espiões roube segredos militares britânicos. Hitchcock trabalha aqui com a situação limite de um tema muito comum em seu cinema: o homem errado, alguém que é confundido com outro e precisa provar sua inocência. O filme tem um ritmo frenético, deixando os espectadores em agonia.
Cenas de “Os 39 Degraus”, 1935
A Regra do Jogo, 1939. França
Direção: Jean Renoir
Comentário: O filme é uma obra prima, uma comédia dramática que conta a história de uma família burguesa tradicional na França que resolve passar o verão numa casa de campo com seus empregados. Numa noite, um baile de máscaras caótico acontece e surgem vários casos amorosos, envolvendo empregados e patrões e conduzindo a um trágico desfecho. O diretor Jean Renoir fez um retrato da futilidade da vida da alta classe social, com seus privilégios e ostentações, e recheado de traições, mentiras e segredos.
Cenas de “A Regra do Jogo”, 1939
No Tempo das Diligências, 1939. Estados Unidos
Direção: John Ford
Comentário: O filme é um drama de faroeste que se passa numa perigosa viagem de diligência por territórios indígenas e reúne uma variedade de personagens diferenciados, um verdadeiro mosaico da condição humana. Nesse filme, além de dar um show de técnicas cinematográficas, o diretor John Ford se aprofunda em situações limite e nos apresenta o cenário mais querido do cinema de faroeste: O Monument Valley na fronteira do Arizona. Além disso, o ator John Wayne começou a fazer fama na figura do pistoleiro Ringo Kid.
Cenas de “No Tempo das Diligências”, 1939
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