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Marilyn Monroe: Símbolo sexual, ícone do cinema, carreira curta

Marilyn Monroe: Símbolo sexual, ícone do cinema, carreira curta

Nascida com o nome verdadeiro, Norma Jeane Mortenson, em Los Angeles, EUA, Marilyn Monroe foi uma atriz, modelo e cantora norte-americana. Como estrela de cinema de Hollywood, é um dos maiores símbolos sexuais do século XX, imortalizada pelos cabelos loiros e as suas formas voluptuosas. Inicialmente, ficou famosa por interpretar personagens cômicos, tornando-se sucesso no cinema.

Apesar de sua carreira ter durado apenas pouco mais que uma década, seus filmes arrecadaram muito dinheiro, alguns foram muito populares, e seu sucesso foi até sua morte inesperada em 1962. Quase sessenta anos após sua morte, continua sendo considerada um dos maiores ícones da cultura popular.

Carreira como modelo pin-up

Nascida e criada em Los Angeles, Marilyn passou a maior parte de sua infância em lares adotivos e em um orfanato, além de ter casado pela primeira vez, num esquema arranjado, com apenas dezesseis anos. Em 1944, trabalhava numa companhia de aviação que fabricava equipamentos para uso na Segunda Guerra Mundial, quando conheceu um fotógrafo da First Motion Picture Unit e iniciou uma carreira notável como modelo pin-up, designação para imagens sensuais, por exemplo cartazes publicitários e capas de revistas, produzidas em grande escala e que exercem um forte atrativo na cultura pop.

Após ter aparecido em 33 capas de revista, Marilyn entrou para uma agência de atrizes e isso a ajudou a fechar contratos para filmes de curta-metragem promovidos pela 20th Century Fox (1946–1947) e a Columbia Pictures (1948). Enquanto não se firmava como atriz de cinema, Marilyn se ocupava em aulas de teatro, canto e dança. De tempos em tempos, ela retornava para modelagens publicitárias e, assim, mantinha sua imagem constantemente junto à mídia e ao público. Nesse período, Marilyn fez suas primeiras aparições no cinema, ainda desconhecida.

Marilyn Monroe como modelo de pin-up na década de 40, que impulsionou sua carreira no cinema

Nome, visual e sua carreira no cinema

O nome Marilyn Monroe surgiu já no seu primeiro contrato com a 20th Century Fox em 1946, ainda com 20 anos, criado a partir do primeiro nome de uma atriz da Broadway e o segundo nome de sua mãe. Mas foi em outra produtora, a Columbia Pictures, que seus cabelos foram pintados de loiro platinado, gerando sua marca registrada. Sua experiência em pin-up e uma estratégia de criar um nome artístico e um visual próprio fizeram com que ela fosse já se aproximando do público em fotos e imagens de propaganda. Aliado a esse marketing, seus casos amorosos com membros da indústria do cinema também ajudaram na sua promoção como atriz.

Sua primeira imagem publicitária no cinema em 1947 na 20th Century Fox e seu primeiro sucesso de crítica no filme “O Segredo das Jóias”, de John Huston, em 1950

No início da década de 50, após uma série de papéis em filmes pequenos em fins da década de 40, Marilyn assinou um novo contrato com a produtora Fox. Rapidamente se tornou uma atriz popular com papéis em diversas comédias, incluindo “Sempre Jovem” (1951) e “O Inventor da Mocidade” (1952), além dos dramas “Só a Mulher Peca” (1952) e “Almas Desesperadas” (1952). Nesta época, Marilyn causou escândalo quando descobriram que posara nua para fotos antes de se tornar atriz, mas isso acabou aumentando ainda mais o interesse do público por seus filmes.

Em 1953, Marilyn estava a todo vapor e já era uma das estrelas mais bem-sucedidas de Hollywood, sendo a protagonista em três filmes de sucesso: o filme noir “Torrentes de Paixão”, dirigido por Henry Hathaway, que destacou seu apelo sexual, e as comédias “Os Homens Preferem as Loiras”, dirigido por Howard Hawks, onde ela faz uma showgirl prometida em casamento a um homem rico, e “Como Agarrar um Milionário”, dirigido por Jean Negulesco, um drama romântico de três mulheres em busca de fortuna. Nesses filmes, Marilyn começou a passar uma imagem de “loira burra”.

No filme “Torrentes de Paixão” (Niágara), de 1953, Marilyn criou o espectro de mulher fatal, vestida de rosa choque, e foi muito ousada em cenas de intimidade, se configurando como símbolo sexual.

O filme é um thriller de cinema noir dirigido por Henry Hathaway e conta a história do casamento conturbado de Rose (Marilyn Monroe), uma mulher jovem e muito atraente, e George (Joseph Cotten), um marido bem mais velho, ciumento, deprimido e irritado. Rose tem um amante e planeja com ele matar o marido. Toda a trama é recheada com ò visual incrível das cataratas de Niágara nos Estados Unidos. Talvez seja a melhor atuação dramática de Marilyn como atriz, já com seu sex apeal completo.

Filme “Torrentes de Paixão”, 1953, uma grande dramatização de Marilyn em seu filme símbolo

Cenas de “Torrentes de Paixão”, 1953

Embora tenha desempenhado um papel importante na criação e gestão de sua própria imagem pública, Marilyn estava decepcionada por seu trabalho não ser valorizado pelo estúdio da Fox. Apesar disso, Marilyn voltou a estrelar num dos maiores sucessos de bilheteria da produtora e de sua carreira, “O Pecado Mora ao Lado” (1955), uma comédia romântica dirigida por Billy Wilder.

O filme conta a história de Richard Sherman (Tom Ewell), um editor de livros que se sente “solteiro” quando a mulher (Evelyn Keyes) e o filho (Burch Bernard) viajam em férias. Ele começa então a ficar seduzido e com idéias fantasiosas quando uma bela e sensual jovem (Marilyn Monroe), que é modelo e sonha ser atriz, torna-se a sua vizinha. O filme foi um sucesso popular e a cena do vestido branco de Marilyn que levanta com o vento foi eternizada.

Cartaz do filme “O Pecado Mora ao Lado”, 1955, com imagens icônicas de Marilyn, e contracenando com o ator da Broadway Tom Ewell

Filme “O Pecado Mora ao Lado”, 1955, e a famosa cena do vestido branco

Com problemas contratuais com o estúdio, Marilyn fundou sua própria empresa de produção cinematográfica, a Marilyn Monroe Productions (MMP). Buscando aprimorar seu desempenho como atriz, começou a estudar interpretação no famoso Actors Studio em Nova York, onde aprendeu o método de atuação de Lee Strasberg, que consistia em utilizar as memórias emocionais para uma dramatização realista, e também conheceu o diretor Elia Kazan, um dos fundadores da organização de atores profissionais, com quem teve um caso amoroso.

Marilyn no Actor’s Studio em Nova York e o diretor Elia Kazan, um dos fundadores

Logo em seguida, a Fox assinou um novo contrato com Marilyn, que lhe trouxe mais controle sobre a sua carreira artística e mais independência financeira. Depois de seu desempenho ser aclamado pela crítica em “Nunca Fui Santa” (1956), dirigido por Joshua Logan, Marilyn atuou na primeira produção independente de sua produtora MMP, “The Prince and the Showgirl” (1957).

O filme “Nunca Fui Santa” é mais uma comédia romântica, onde um vaqueiro rude, ingênuo, mas teimoso, Bo, (Don Murray), se apaixona por uma cantora de bares (Marilyn Monroe) e tenta levá-la embora para se casar e morar em seu rancho em Montana, contra a vontade dela.

Filme “Nunca Fui Santa”, 1956, outra atuação com boa crítica

Cenas do filme “Nunca Fui Santa”, 1956

A aclamação artística de Marilyn Monroe veio em 1959, quando ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz por “Quanto mais Quente Melhor”, dirigido por Billy Wilder, um mestre das crônicas sociais e comédias de costumes. O filme “Quanto Mais Quente Melhor” é considerado uma das maiores comédias da história do cinema, deu unanimidade na crítica e no público para a atuação de Marilyn, que contracenou com Jack Lemmon e Tony Curtis.

O filme conta a história de dois músicos que testemunham um tiroteio entre gângsteres na Chicago dos anos 20. Eles fogem disfarçados de mulheres e se integram a uma banda de jazz só do sexo feminino. Até que uma cantora carente (Marilyn Monroe) se apaixona por uma das duas ”meninas” e um experiente playboy pela ”outra”. Um filme genial e com um final hilariante.

Filme “Quanto mais Quente melhor”, 1959, Globo de Ouro de melhor atriz para Marilyn Monroe

Cenas do filme “Quanto mais Quente Melhor”, 1959

Marilyn obteve um novo sucesso com a comédia musical “Adorável Pecadora”, de 1960, dirigido por George Cukor. Nesse filme, ela vive uma atriz/cantora/dançarina de um teatro local em Nova York, Amanda, que tem que contracenar com um milionário disfarçado, Jean-Marc Clement (Ives Montand), que, apaixonado, se faz passar por um ator numa peça que satirizam ele próprio, somente para ficar perto dela.

O filme teve participações especiais do comediante Milton Berle, do dançarino Gene Kelly e do cantor Bing Crosby. Comentários da época afirmavam que Marilyn teve mais um caso amoroso, dessa vez com o ator francês Ives Montand, que era casado.

Filme “Adorável Pecadora”, 1960, e Marilyn contracenando com o ator francês Ives Montand

Cenas do filme “Adorável Pecadora”, 1960

Seu último filme completo foi o drama “Os Desajustados” (1961), dirigido por John Huston, onde atua com Clark Cable e Montgomery Clift, e que foi muito mal de crítica e de público. Nesse filme, Marilyn é uma ex-stripper divorciada e deprimida, Roslyn, que se envolve com três homens, um velho caubói jogador, um ex-aviador e um cavaleiro grisalho, numa caçada a cavalos selvagens num deserto americano.

“Os Desajustados”, 1961, último filme de Marilyn Monroe, contracenando com Clark Cable e Montgomery Clift

Cenas do filme “Os Desajustados”, 1961

Vida privada conturbada

A conturbada vida particular de Marilyn Monroe sempre despertou muito interesse da mídia e gerou muitas confusões. Logo de início, teve um casamento arranjado e rápido aos 16 anos. Durante a carreira, lutou contra o vício, a depressão e a ansiedade. Além disso, teve mais dois casamentos altamente midiáticos: com um famoso jogador de beisebol, Joe DiMaggio, e com o dramaturgo Arthur Miller, que era bem mais velho, ambos muito complicados e terminados em divórcio.

A atriz também provocou controvérsia por ter sido cogitada como amante do então presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, apesar de nada ter sido provado. Morreu aos 36 anos de uma overdose de barbitúricos na sua casa, em Los Angeles, no dia 5 de agosto de 1962. Embora a morte seja considerada como um provável suicídio, surgiram várias teorias da conspiração sobre um possível homicídio. Independente das causas de seu falecimento, o fato é que Marilyn Monroe foi um ícone do cinema e continua badalada por gerações.

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